Competição Latino-Americana de robótica

2 de novembro de 2010


Competição Latino-Americana de robótica

Mais de 800 competidores de oito países de América Latina colocam robôs para dançar, correr e até jogar bola

Bastante concentrados, os mais de 800 competidores de oito países da América Latina e representantes de TODOS os estados brasileiros fazem reparo atrás de reparo antes das disputas. Alguns mais cansados aproveitam para tirar um cochilo ali mesmo, em meio a ferramentas, placas, caixas de softwares, computadores e toda a "parafernália" que um evento de robótica deve ter.
Apesar da grande dedicação dos alunos, fazer tudo funcionar na hora do "vamos ver" não é tarefa fácil. Lá tem de tudo, robôs que simulam operações de resgate; outros que fazem percursos com obstáculos, dança e o disputado campeonato de futebol de robôs: a Robocup.
"Apesar de eles estarem jogando futebol, as técnicas que eles utilizam são extremamente sérias e complicadas, e podem ser usadas para outras áreas, dentro da própria robótica", conta a profª. Esther Colombini do Instituto Tecnológico de Aeronáutica. 
A competição Latino-Americana de Robótica acontece anualmente, desde 2003. Desta vez, as disputas foram realizadas no Centro Universitário FEI, em São Bernardo, na Grande São Paulo. E em um evento praticamente dominado por homens, não poderia ser diferente, o futebol é a atração principal.
Depois do apito inicial, os alunos viram meros espectadores, ou melhor, torcedores. Ninguém controla mais nada. Os movimentos dos robôs são decididos por inteligência artificial, criada pelos programadores de cada equipe.
Duas câmeras colocadas sobre o campo enxergam pontos coloridos colocados sobre os "atletas", e transmitem para a máquina a posição dos robôs e da bola. A partir dessas informações, os programas criados pelos estudantes escolhem, automaticamente, a melhor tática para chegar até o gol. Explicando assim até parece simples, mas na prática...
Pode ser só o começo. Afinal, a Federação Internacional de Futebol de Robôs, a Robocup, acredita e aposta que em 2050 um time de robôs vai estar preparado para vencer a seleção campeã da copa do mundo. 
Mas tem mais além do futebol. Alunos do ensino médio participam das finais da Olimpíada Brasileira de Robótica e apresentaram as mais variadas engenhocas; algumas nem tão mirabolantes assim: como um robozinho, que simplesmente acompanha os alunos do Recife em uma apresentação de capoeira.
Já o robozinho francês, além de simpático, reproduz movimentos de tai chi chuan e por "apenas" 12 mil euros, ele chegou ao Brasil.
"As câmeras dele estão na testa e na boca. Nas orelhas ficam os sensores que emitem sons e no topo da cabeça tem um sensor tátil", explica Fernando Zuher, estudante de mestrado em computação.
A maioria do pessoal por aqui acredita que em mais ou menos uns 20 anos, nós humanos poderemos ter robôs dentro de casa; assim como a Rose dos Jetsons, lembra?!
"A gente tira os humanos de situações que eles não precisam estar: onde é perigoso ou onde o trabalho é repetitivo. Ter robôs para auxiliar no trabalho braçal é de grande interesse", finaliza a professora.
Se quiser saber mais sobre robótica, assista o vídeo abaixo.

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