Inep quer chegar a 100 mil questões no Banco Nacional de Itens (BNI) para lançar o Enem digital, quando os candidatos farão a prova em computadores
O
Ministério da Educação planeja ter um Enem informatizado em dois ou
três anos. Na semana passada, o Inep, responsável pela aplicação do
Exame Nacional do Ensino Médio, abriu um edital para universidades
públicas e institutos federais de Educação profissional participarem da
ampliação do banco de questões da prova.
O
objetivo é ter um número suficiente de questões para duas edições do
exame ao ano. Hoje são cerca de 10 mil questões no Banco Nacional de
Itens (BNI) do Enem. O Inep quer chegar a 100 mil para lançar o Enem
digital, quando os candidatos farão a prova em computadores. Um desafio e
tanto.
Do lado do Inep, dá para imaginar o tamanho da encrenca tecnológica e logística capaz de assegurar condições de segurança ao exame. Do lado dos estudantes, a prova passa a exigir habilidades mínimas em tecnologias da informação para mostrar o domínio dos conteúdos do ensino médio.
Consideradas
as realidades educacionais brasileiras, não seria exagero pensar em
complicações com tarefas iniciais como acessar a prova eletrônica com um
login e senha. Help desk!!!
Mas
o futuro é esse e os estudantes têm de ser preparados para ele. Até o
ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, que veio ao Brasil
participar do Fórum Mundial de Sustentabilidade, quer ver o ensino médio
universalizado no país para que se ampliem o acesso e o número de
matrículas nas universidades, além dos negócios com Educação, é claro.
O
diploma superior ajuda a desenvolver cidadania, ressaltou ele,mesmo
que essa graduação não seja decisiva para muitos empregos do século 21.
Para entrar no mercado de trabalho pode não ser mesmo, mas para
crescer profissionalmente a história é outra. Nas duas situações, no
entanto, essencial nestes tempos é a Educação digital. De professores e
alunos, dentro e fora da escola.
O
uso de tecnologias na Educação para melhorar a aprendizagem tem sido
alvo de várias iniciativas — governamentais, de ONGs, universidades,
institutos e fundações empresariais. Uma delas é o Prêmio Educadores
Inovadores, projeto educacional da Microsoft desenvolvido desde 2006 com
parceiros como Instituto Ayrton Senna, Universidade Estadual de
Londrina e PUC-SP, entre outros.
Na
última edição, de 2010, dois professores de uma escola estadual de
Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, chegaram à etapa mundial do
concurso e conquistaram o segundo lugar como projeto Escola nas Nuvens,
criado depois que a escola enfrentou problemas com a perda de dados
informatizados arquivados em pen-drivers, CDs ou DVDs.
Todo
o material didático e também dos alunos foi então armazenado na
internet a partir do conceito de computação em nuvem, base da proposta. A
tecnologia melhorou o ensino e o ambiente escolar, diz a professora
Adriana Silva de Oliveira, porque também envolveu a criação de umblog e
uso de redes como Facebook e Twitter, gerenciados pelos alunos com a
participação dos professores. Todos, incluindo a família dos estudantes,
podem acompanhar, “nas nuvens”, as atividades da escola.
Fonte: Brasil Econômico (SP)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pela sua participação.