Diretora de escola volta a ser aluna em curso de licenciatura

10 de maio de 2011

Concluir um curso superior era aspiração antiga da professora Carmem
Patricia Mattos dos Santos. Com 23 anos de magistério, 21 deles como
professora e diretora na Escola Estadual Abentulino Ramos, na zona rural de
Santo Antônio da Patrulha, no litoral norte do Rio Grande do Sul, ela é
agora aluna do curso de licenciatura em educação no campo oferecido pela
Universidade Aberta do Brasil (UAB), por meio da Universidade Federal de
Pelotas (UFPel).

“A experiência do curso a distância tem sido extremamente positiva;
exige estudo, empenho, organização e dedicação”, diz Carmem
Patrícia, inscrita no Polo Universitário Santo Antonio, que atende 64
municípios. Surpreendida com a qualidade e o ritmo intenso das atividades
propostas, ela considera a participação no curso a oportunidade de
qualificar o trabalho pedagógico e dar significado a um projeto
educacional identificado com a comunidade.


Segundo a professora, o conhecimento adquirido com a licenciatura em
educação no campo efetivamente contribuirá para o fortalecimento de uma
postura autêntica e positiva na promoção de uma educação voltada para
a diversidade social, econômica e cultural. “Daqui a alguns anos,
pretendo estar em plena atividade, trabalhando muito em uma escola que
ajude a construir autonomia, cidadania e autoestima nos alunos e na
comunidade”, salienta. Carmem Patrícia já aplica os novos conhecimentos
na Escola Abentulino Ramos, de ensino fundamental.

Com 1.285 alunos, o Polo Universitário Santo Antonio atende 64 municípios
e participa de mais de 20 cursos da UAB oferecidos pelas universidades
federais do Rio Grande do Sul (UFRGS), do Rio Grande (Furg) e de Santa
Maria (UFSM), além da UFPel. Há cursos de licenciatura, bacharelado,
especialização, aperfeiçoamento e de tecnólogo. Quando o polo entrou em
funcionamento, em 2007, eram oferecidos seis cursos.

Procura — “Os cursos mais procurados são os de licenciatura em
pedagogia e em educação no campo; ou seja, a formação de professores
para os anos iniciais do ensino fundamental”, explica a coordenadora do
polo, Dilce Gil Vicente, que está no magistério há 32 anos. As aulas
são programadas para módulos de dois meses. Nesse período, os estudantes
participam de dois a três encontros presenciais por disciplina. “Os
encontros presenciais são momentos indispensáveis, pois estamos
construindo uma educação a distância e não distante dos estudantes”,
enfatiza a coordenadora, que tem licenciatura plena em biologia e cursos de
especialização em gestão educacional e em informática na educação. Os
encontros são realizados, geralmente, nas noites de sexta-feira ou aos
sábados e domingos durante o dia.

Intercâmbio — O Polo Santo Antônio criou um programa de intercâmbio
entre o Brasil e a França que representa, de acordo com Dilce, uma
inovação na área da educação a distância. Em 2010, José Samuel da
Silva Santos, aluno do curso de tecnólogo em planejamento e gestão rural,
passou um mês no país europeu, onde participou de atividades em áreas
rurais. Este ano, além de receber um agricultor francês, o polo abriu
inscrições para estudantes interessados na nova edição do intercâmbio,
em setembro próximo. (Fátima Schenini)

Saiba mais no Jornal do Professor
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/jornal.html


Palavras-chave: educação no campo, educação a distância, licenciatura

Fonte:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=16597

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