Cai último provedor e Egito fica completamente sem internet

31 de janeiro de 2011



O último provedor de internet egípcio ainda em funcionamento, o Grupo Noor, caiu nesta segunda-feira (31), deixando o país sem acesso à rede, indicou a empresa americana de monitoramento Renesys.

A companhia, com sede em New Hampshire (nordeste dos EUA), que monitora a "rede de redes" em tempo real, afirmou que o Noor "começou a desaparecer da internet" por volta das 20H46 GMT (18H46 de Brasília).

Os quatro principais provedores de internet egípcios cortaram o acesso internacional aos seus clientes na quinta-feira, deixando o Grupo Noor como o único provedor ativo no Egito, país atingido há vários dias por protestos contra o regime de Hosni Mubarak.

Exército não vai usar força
O exército do Egito afirmou que não usará força contra a população local, segundo um comunicado da Forças Armadas divulgado pela televisão estatal nesta segunda-feira.
No que parece ser uma concessão para a oposição, a TV egípcia veiculou um aviso dos militares contra "qualquer ato que desestabilize a segurança do país".
Na nota, os militares afirmam que "nunca utilizaram e nem vão utilizar a força contra a população" e que a presença de soldados nas ruas é "para garantir a segurança do povo egípcio".
Mais protestos
Nesta segunda-feira, cerca de 250 mil manifestantes voltaram a se reunir na Praça Tahrir, no centro de Cairo, principal concentração dos protestos na capital, desobedecendo o toque de recolher imposto pelo governo do presidente Hosni Mubarak e intensificando a onda de protestos contra o regime egípcio, que completa uma semana nesta terça-feira (1º).
Ao redor da praça a presença do Exército é forte, com tanques posicionados e soldados checando documentos de diversos manifestantes.
Uma das repórteres da rede Al Jazeera relatou que os militares pretendiam bloquear os acessos à praça, mas não conseguiram devido ao número de pessoas reunidas. “Os manifestantes dizem que ficarão na praça enquanto Mubarak permanecer no poder”, disse a correspondente.
"Fazemos turnos na minha família. Estamos eu, meus amigos e meus pais", disse à agência Efe uma das manifestantes, Rana al Nemr. Em um local, a população juntou uma montanha de lixo e coroou-o com um cartaz: "Este é o túmulo do governo de Mubarak".
*Com informações da agência AFP

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