Internet muda a rotina de milhares de brasileiros e traz diversas facilidades

23 de novembro de 2010


Entre as novidades tecnológicas, está um aparelho de código de barras que permite fazer compras em supermercado sem carrinho. Há também sites de compras coletivas que viraram febre na web.

Leia mais, ou assita o video


Não se trata mais de luxo, nem de longe um supérfluo. O acesso à internet está, definitivamente, incorporado à nossa rotina, ao trabalho, ao lazer, às atividades domésticas. Em rede, a vida ficou bem mais prática. Basta se conectar, e o mundo chega a você. Este é o tema de uma nova série especial que o Bom Dia vai mostrar esta semana. Nesta terça-feira (23), a repórter Monalisa Perrone conta como a internet já mudou o dia a dia de milhares de brasileiros.
Quem vai ao supermercado sabe que é cansativo. Pega o produto, coloca no carrinho, tira do carrinho, passa no caixa, vai para a sacola, volta para o carrinho, empurra até o carro e volta para casa.
Você já fez as contas de quanto tempo gasta todo o mês com as compras? Então, já pode esquecer, porque o supermercado não é mais o mesmo. “Quanto estresse nós temos de mexer com a mercadoria dentro da loja. Se você contar, nós estamos tirando seis processos inteiros da cadeia de compra do cliente”, explica o gerente da área de automação comercial Wanderlei Silva.
Na ficção, a impressão digital abriu portas de salas do tesouro, salas secretas. Mas, graças à internet, essa tecnologia chegou ao supermercado. Com o sistema, não é preciso um carrinho para fazer as compras. Basta o leitor de código de barras.

Cadastro feito, a estudante Bruna Almeida vai às compras. A maquininha, que tem GPS de todos os itens do supermercado, ainda vai mostrando o valor das compras, que serão entregues em casa. Um supermercado inteiro também pode estar no celular, basta ter acesso à internet.
“Em menos de cinco minutos, você pode fazer essa compra. É muito rápido. Todos os itens do churrasco estão no carrinho virtual, em menos de cinco minutos”, garante o gerente de sistemas Argil Pedro Júnior.
Nas lojas virtuais, o tempo para fazer o negócio conta e muito, mas é o desconto que atrai uma multidão de novos compradores na rede. “Tem até 90% de desconto”, diz o médico Marcel Langer.
Promoções desse "calibre" estão fazendo dos sites de compra coletiva a mais nova mania da internet. Marcel Langer acessa todos os dias depois do trabalho. Virou uma espécie de caçador on-line de descontos. Para comprar, ele conta com a ajuda de outra rede. “Por exemplo, para o restaurante japonês, eu mandei um e-mail para os colegas dizendo: ‘comprem aqui porque é perto da casa de vocês também, eu quero experimentar, mas precisa de pelo menos 20 pessoas’”, conta o médico.
“A maioria das coisas que eu compro é pela internet, de remédio a perfume, CD, livro, computador, máquina fotográfica, pé de pato”, enumera Danielle Ab Jaudi, coordenadora de treinamento de uma empresa de calçados.

Tem gente que compra e gente que vende de tudo na internet. As roupinhas que não cabem mais nas meninas vão para caixa e depois para a rede. “É como se fosse um brechó virtual. Você tem uma coisa que interessa a outra pessoa. Começa a conversar, entra em um chat de brechó e descobre pessoas que têm coisas em comum”, diz Danielle Ab Jaudi.
Só este ano, o mercado on-line brasileiro deve receber cinco milhões de novos consumidores.
“O padrão comum de consumidores da internet até alguns anos era classe A e B, pessoas com poder aquisitivo acima de R$ 5 mil. Hoje, a gente já uma mudança nisso. A gente percebe que famílias com até R$ 3 mil estão vindo para a internet e comprando produtos. Ao todo, 60% dos novos consumidores já são dessa classe social”, explica Pedro Guasti, diretor da E-bit.
Aos 80 anos, Dona Renée é uma navegadora estreante, mas dedicada. Foi na internet que ela descobriu uma nova vida: “Eu tenho muitos amigos, amigos que eu adquiri na internet. Não tenho pretendente, porque quando eu entrei na internet já tinha meu gatinho”.

O tamanho da rede desse pessoal não dá para medir. Alexandre, Victor, Eduardo, Patricia e Cristian não saem dos sites de busca, das redes sociais de jeito nenhum. O celular com acesso à internet virou uma "extensão do corpo".
“Quando toca é instintivo. Quando a gente começa a ver a luz vermelha piscando que tem mensagem, você quer olhar”, revela Cristian.
Eduardo quase perdeu a mulher por causa da mania de ficar conectado no celular: “Hoje, estou muito mais disciplinado. O que faço de segunda a sexta, a cada três minutos, no sábado e domingo, eu faço a cada três horas, que é olhar o celular. Eu vou ao toalete, à padaria”, conta.
Mulher, mãe, quem está perto se irrita. “Eu estava online e estava jantando, em um restaurante. Aí, minha mãe virou e falou assim: por gentileza, você pode desligar isso, porque você está jantando comigo agora?’”, diz um rapaz.
Ele declara que não se importa de revelar para todo mundo o que eles está fazendo, mas afirma também que não coloca tudo na internet: “você não posta tudo. Tem que ter um limite. Nada que invada totalmente minha privacidade”.
Quem precisa se comunicar sempre dorme de um jeito diferente. “O celular é meu instrumento de cabeceira. Durante a noite, ele acende. Eu vejo quem mandou alguma coisa, como eu tenho amigo que mora fora do Brasil, às vezes por causa do fuso horário”,

Patrícia utiliza a internet por um período muito específico da vida. “Eu tenho um controlador do ciclo menstrual. Ele fala quando você vai ficar menstruada, qual é seu período fértil. Ele avisa, manda e-mail para você. Meu sonho de consumo é um celular a prova d’água. Seria excelente. Ia para o chuveiro”, declara a jovem.
Fonte: g1.globo.com 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pela sua participação.

III Seminário Internacional de Tecnologia Educacional