Educação a distância evolui com a tecnologia

20 de julho de 2011


O mundo vive uma verdadeira explosão na oferta de dispositivos móveis conectados à internet. A febre começou com os netbooks, que hoje são acompanhados pelos smartphones e tablets, com cada vez mais facilidades de acesso, funcionalidades e capacidade de processamento. Para a educação a distância (EAD), a popularização destes equipamentos cria terreno fértil, especialmente com a possibilidade de crescimento da modalidade diante do m-learning, ou mobile learning.
m-learning combina o uso das tecnologias portáteis ao acesso a redes móveis de comunicação para facilitar, dar suporte, aprimorar e estender o alcance da EAD. Na prática, abre a possibilidade de levar a modalidade a distâncias ainda maiores e com menos barreiras tecnológicas.
Para isso, o m-learning tira proveito da uma grande gama de dispositivos, incluindo aí smartphones, tablets, PDAs, netbooks e tocadores de MP3, além dos novos televisores com acesso à web e até consoles de games que permitem o uso de cartões de memória ou leitores de discos ópticos.
Com estes equipamentos – e a conectividade, que já está em quase toda parte –, é possível oferecer aos estudantes acesso online a exercícios, podcasts, testes e também ao conteúdo disponível para download, com diversas tarefas no ambiente de aprendizagem e em sistemas de gerenciamento de conteúdo.
Comunicação convergente
O horizonte deverá se abrir ainda mais para a EAD com o conceito de Comunicação Unificada (Unified Communicationns – UC), que já começa a permear a utilização destes dispositivos nos ambientes de trabalho. Isso porque a comunicação unificada permite a integração de todos os meios e recursos de comunicação e mídia, possibilitando que os usuários interajam, em tempo real, com qualquer pessoa em qualquer lugar.
Esta integração – que reúne voz, vídeo e dados – começa a ganhar maior adesão no ambiente corporativo. As empresas estão buscando tais sistemas principalmente pela necessidade de reduzir custos e aumentar a produtividade de seus colaboradores, que precisam de mais mobilidade e têm de acessar as ferramentas de trabalho, em qualquer lugar, por dispositivos variados.
A grande vantagem da UC é permitir que as companhias reúnam, em uma mesma plataforma, todos os serviços de comunicação utilizados por seus funcionários, tais como telefonia (fixa e móvel), e-mail, mensageiros instantâneos, videoconferência e outras ferramentas de colaboração. Assim, equipes internas e externas podem ter em suas mesas – ou em qualquer lugar – todas as ferramentas necessárias para trabalhar.
João Fábio Valentim, vice-presidente de soluções da Siemens Enterprise Communications e Enterasys, explica que, em um sistema de comunicação unificada, o usuário passa a ter um único número de contato, podendo ser localizado onde quer que esteja, no telefone fixo ou celular, tanto na comunicação por voz como por dados.
O executivo ressalta que, além de diminuir custos com telecomunicações, os colaboradores ganham produtividade, pois o sistema se encarrega de organizar toda a comunicação, retornando ligações e agendando reuniões. Outra vantagem é que o sistema sempre mostra onde todos estão, pois cada um define seu status na aplicação, incluindo onde está trabalhando, como acontece com o Messenger, em que as pessoas escolhem como querem ser visualizadas.
Futuro próximo
O que tem dado força ao crescimento do uso de dispositivos móveis, e também da comunicação unificada, é a computação em nuvem (cloud computing), que permite ao usuário ter dados armazenados na internet, acessando suas informações de qualquer aparelho, em qualquer lugar.
Algumas empresas já começam a pensar um futuro em que todos estes conceitos se harmonizam e passam a trabalhar em conjunto. A Plantronics, líder mundial em soluções de comunicação em áudio, está trabalhando no desenvolvimento do que chama de headsets (fones de ouvido) inteligentes, por exemplo.
Segundo Don Houston, vice-presidente mundial de vendas da companhia, o conceito de comunicação unificada tem sido trabalhado por empresas como IBM, Cisco, Microsoft, Avaya, entre outras, e também pela Plantronics. “Acreditamos na mobilidade baseada em cloud computing e, no futuro, todo profissional precisará ter um ponto de comunicação. Por isso, temos investido para que toda esta comunicação seja centralizada em umheadset.”
Além do hardware, a Plantronics vem trabalhando no desenvolvimento de softwares que ofereçam inteligência adicional aos seus headsets, que terão funções muito além do simples atendimento telefônico, baseadas em aplicações de cloud computing. “Vamos transformar os headsets em completos assistentes pessoais, que poderão transmitir diversas informações aos usuários, como dados de agenda, avisos de e-mails, previsão do tempo e até mesmo informações de outras pessoas cadastradas nas mesmas redes sociais”, prevê o executivo.
De acordo com Houston , essa “inteligência” é parte de uma evolução que vem sendo implementada desde o início dos anos 2000 e será levada para os cerca de seis mil modelos de headsets produzidos hoje pela companhia, que atendem aos diferentes padrões tecnológicos e necessidades mundiais.
Com estas plataformas em evolução, não está distante o dia em que um estudante receberá, em seu fone de ouvido, um alerta de que há um novo conteúdo de seu curso disponível em uma rede social. Com um toque em seu celular, por exemplo, ele poderá baixar o conteúdo necessário e interagir com professores ou colegas onde estiver. É apenas uma questão de tempo!

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